quinta-feira, 9 de abril de 2015

É preciso saber viver


Em uma de suas canções mais populares, o cantor Roberto Carlos insiste no refrão da música,
dizendo: “É preciso saber viver”. 

Mas, mesmo entre nós, o conceito de saber viver tem sido um pouco deturpado. Uns acham que é ter uma vida farta materialmente falando, cercado de confortos modernos; outros acham que é ter uma polpuda conta bancária, outros que basta ter dinheiro no bolso e saúde pra dar e vender, como diz o refrão de outra canção.
Atos 18:1-3
Na realidade, irmãos, estamos diante de um casal que realmente soube viver, pois uma vez convertido ao Senhor usou tudo que tinha, tudo que veio a ter e tudo que era para o serviço do Senhor! Cumpre-se no casal o que Moisés pediu a Deus no Sl 90.12: “Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.

 QUEM ERAM ÁQUILA E PRISCILA?

Eles formavam um lindo casal, cujos nomes aparecem pelo menos seis vezes na Bíblia, com Paulo e Lucas se dividindo nas citações. Vieram de Roma como refugiados de guerra e se estabeleceram em Corinto, cidade conhecida pelo seu progresso material, pelos avanços culturais, mas sobretudo pela imoralidade que lá campeava.

Ele era judeu, natural da cidade do Ponto, no litoral do mar Negro, Ásia Menor – At 18.2.
Ela que era chamada de Prisca (2Tm 4.19), enquanto Lucas a chamava pelo diminutivo Priscila (At 18.2); era oriunda de uma tradicional família romana.

Sua profissão: era comum aos judeus, ricos ou pobres, os filhos ainda crianças aprenderem uma profissão, e Áquila aprendeu a fabricar tendas (eram residências móveis feitas de couro de cabra – At 18.3).


 ALGUMAS MARCAS QUE CARACTERIZAVAM O CASAL

(1) – Uma consciência forte de família - At 18.18. Alguns casais sabem tirar proveito da vida, um complementando o outro, fortalecendo-se e tirando proveito dos pontos fortes de cada um, formando assim uma dupla imbatível. Áquila e Priscila era um destes casais, pois seus esforços em se mostrarem unidos contagiavam aqueles que estavam ao seu redor. Por certo, a exemplo de todo e qualquer casal, deveriam ter problemas relacionais, mas eles não permitiam que estes afetassem sua vida nas áreas cristã e ministerial. Chama a atenção de qualquer leitor atento da Bíblia que em nenhum momento eles são citados separadamente. Só isso aí já nos leva a refletir sobre a valorização do casamento, a importância da família. Por certo o sucesso deles no ministério tem tudo a ver com o sucesso deles na vida conjugal.
Rm !6:3-5
Saudai a Priscila e a Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus,
Os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças; o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios.
Saudai também a igreja que está em sua casa


Mateus 19:11 . Mas, pela seriedade do assunto, preciso abordar o tema com muito cuidado, tato, detalhamento e respeito às Escrituras. Pois muito do que será dito aqui pode entristecer pessoas e é fundamental que fique claro que estou baseando absolutamente tudo o que digo na Bíblia. Ou seja, se algo te entristecer, que não seja por achismos meus nem por uma má hermenêutica, mas pela compreensão de que a soberana e absoluta vontade de Deus corre muitas e muitas vezes o risco de contrariar o que seria mais cômodo para a minha e a sua vida. Respiremos fundo e vamos lá – tendo em mente o tempo inteiro as palavras do Cristo:
 Então Jesus disse aos seus discípulos: ‘Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará’.”

Recentemente, uma irmã entrou no espaço dos comentários e me pediu meu e-mail. Conversamos. E ela confessou que vivia tão infeliz no casamento que estava pensando seriamente em suicídio. Mãe, esposa, cristã e… suicida. Meu Deus…
Tudo porque casou-se errado e hoje não suporta a mentira em que vive. Esse contato e o de tantas outras irmãs (geralmente quem escreve são mulheres, os homens simplesmente dão seu jeito e vão em frente) me fizeram voltar a refletir sobre o assunto. Pois praticamente as palavras são: “Estou miseravelmente infeliz. E o que faço agora?”
Vejamos um caso: “Eu não gostava tanto assim dele enquanto namorávamos, mas muitas pessoas da igreja me diziam que amor se constrói, que eu aprenderia a amá-lo. Afinal ele era um rapaz tão bom pra mim, espiritual, tinha um bom emprego, era um dos mais cobiçados da igreja”, contou uma das  irmãs. Curiosamente é uma coisa que tenho ouvido com alguma frequência: “Amor se constrói”. Não acredito nisso. Acredito que amor se mantém. Se preserva. Se alimenta.
Deus, que é amor, disse “Eu Sou”. O amor é. Ele não “pode vir a ser”. E todas as pessoas que entraram em roubadas matrimoniais acreditando que o tempo resolveria a falta de amor descobriram com o passar dos anos que o conto-de-fadas do amor que se constrói não passa de um conto da carochinha. Simplesmente porque não se pode construir algo do nada. Se não há amor no ponto de partida não haverá amor na linha de chegada. E a maratona será árdua.
Outra irmã desabafou: “Eu tive três filhos com ele ao longo de 15 anos de casamento. Olho para eles e, em vez de sorrir, eu choro, pois cada um deles tornou-se um memorial da minha infelicidade. Hoje em dia só de pensar em me deitar com meu marido me dá asco”, confessou-me com uma franqueza que me impactou e me entristeceu profundamente. Em vez de ter em seus filhos a lembrança de uma história de amor vê neles marcos de infelicidade e arrependimento. “Se fosse possível eu os empurraria de volta ao meu útero, só para não lembrar da minha tristeza que não passa e eu tenho que fingir para todos que não existe. Vivo um eterno teatro”, foi além essa mãe em seu desabafo. Detalhe: todas são palavras de uma cristã.
“O que fazer agora??”. Ai !! Vamos lá.
O que eu gostaria de responder? O que o mundo responderia: divorcie-se, vá buscar a sua felicidade. Mas não posso responder isso. Estou atado à Palavra revelada do Criador do universo. E tenho de responder conforme Ele nos ensina:
1.       Deus odeia o divórcio. Isso está claro em Malaquias 2.16. Então o divórcio não é uma opção. Isso se confirma em Mateus 19:1-10
 “Vieram a ele [Jesus] alguns fariseus e o experimentavam, perguntando: É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo? [Observe que aqui eles perguntam QUALQUER MOTIVO]. Então, respondeu ele:
Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar? Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio”.
Ou seja, Deus odeia o divórcio e, no principio, no estado perfeito das coisas, Deus não permitira o que o homem Moisés permitiu. Separação de um matrimônio é, portanto, algo antinatural aos olhos do Criador.
Entendemos que a separação de um casal POR MOTIVOS DÉBEIS OU POUCO SIGNIFICATIVOS, NÃO É PERMITIDA POR Deus e é pecado, se constituindo em desonra de matrimônio, pois as pessoas que se separam por motivos fúteis tais como:
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Não levar a esposa passear;
Não lhe dar presentes
Porque um dos dois engordou;                                                 
Não entram em um acordo sobre o que assistir na TV;
A esposa cozinha mal;
O marido tem mau hálito; situação financeira.
A bíblia não apóia essa categoria de separação matrimonial.
Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará.

Hebreus 13:4
Todo cristão tem conhecimento e consciência de que o matrimônio precisa ser honrado e que o adultério precisa ser repudiado e desencorajado por nós que tememos a Deus E a infidelidade conjugal é condenável aos olhos de Deus.
Mateus 19:2—nos fala sobre sobre relações ilícitas ou causa e fornicação, então pode haver separação e divórcio, temos aí amplas aplicações:
Incesto
Homossexualismo
Pedofilia
Bestialidade
Necrofilia
Além do próprio adultério em si.
Etc............
É nossa opinião que um cristão, já divorciado, pode casar-se novamente, desde que tanto o divórcio, quanto o novo casamento ocorram dentro dos limites dos pado~es bíblicos.
Mas como cristãos entendemos tbm que Deus prefere o PERDÃO entre os cônjuges do que o repúdio e o divórcio, caso o culpado se arrependa  e se converta de suas transgressoões e impurezas.
É bíblica a separação de corpos e o celibato?
Creio que está claro que o divórcio não é uma opção.
 Outra teoria alega que, se há infelicidade no casamento, o casal poderia separar-se mas manter-se solitário, sem novos relacionamentos e preservar-se celibatário. A esse respeito, no Sermão do Monte, em Mateus 5.31, o Mestre reafirma a posição celestial: “Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério”.  Repare com muita atenção o que Ele diz: se alguém repudia o cônjuge exceto pela “porneia” o expõe a se tornar adúltero. Então é nítido que essa separação proposta de corpos é uma porta de entrada ao adultério e aquele que optou pelo afastamento expõe o outro a adulterar. Logo, a teoria antibíblica de um casal rompendo o padrão original moldado por Deus no início e vivendo afastado tentando o celibato também é repudiada por aquele que, segundo João 1, participou da criação de todas as coisas.
Ou seja, segundo essa linha de pensamento, bastaria permanecer sem se casar e sem fazer sexo e isso garantiria a aprovação de Deus do seu divórcio (o que contraria a ordem original da união de um casal). Só que, aí, vamos à Bíblia e lemos na sequência de Mateus 19: “Porque há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir admita”. Sim, Jesus diz que os celibatários existem. A questão é: onde aqui o celibato é justificado por “infelicidade no casamento”? “Por causa do reino dos céus” seria a justificativa? Não, pois essa é uma péssima hermenêutica.  O caso aqui, ao se comparar ao celibato de Paulo, por exemplo, é de abster-se de ter uma família para se dedicar às coisas de Deus. Não tem absolutamente nada a ver com um casamento mal-sucedido e quem usa essa passagem para tal faz violência às Escrituras.
A boa noticia é que Deus faz milagres. E, nesse caso, o milagre seria a paz de Cristo tomar conta do casal a ponto de conseguirem, se não em amor pleno, viver em harmonia, respeito, companheirismo e outras virtudes. Dois grandes amigos compartilhando uma vida. Eu sei, muitos vão discordar, que voem as pedras –

Para fazer um casamento frutificar é preciso que antes tenha havido amor. Aí Deus entra, conserta as rachaduras, desempena as portas, costura as cortinas e o Sol volta a brilhar. Mas se o casamento ocorreu sem amor, por qualquer razão errada… Aí só um milagre. E milagres não acontecem todos os dias.
Deus nos permite escolher com quem casar. A escolha é SUA. Se escolher pelos motivos errados, biblicamente terá de colher o que plantou: falta de amor. Triste sim. Mas não posso mentir a você para deixá-la  mais sorridente.
Então vamos lá: se você decepar sua perna, as chances são que você tenha de viver o resto da vida sem ela, suportando a situação, dependente de uma muleta ou de uma cadeira de rodas. É triste, é difícil, eu não gostaria de te dizer isso. De igual modo, se você casou sem amor, as chances são que você tenha de viver o resto da vida num casamento sem amor, suportando a situação, dependente da força de Deus e do fruto do Espírito. É triste, é difícil, eu não gostaria de te dizer isso.
Resta a todos os irmãos e as irmãs que estão enfrentando o deserto de um casamento sem amor olhar para Deus, Sua graça e Sua misericórdia e falar como Jó, que no momento de maior desespero e angustia adorou o Todo-Poderoso e disse: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!”. Isto é: seja feita a vontade do Altíssimo, assim na terra como no Céu. Romanos 9.14 afirma: “Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum!”. Bendito seja o nome do Senhor. E, como em tudo devemos dar graças, mesmo na tribulação o faremos.
 Palavras que não dão uma resposta fácil, rápida e pronta, mas sim a que conveio a Deus. Não me culpem, por favor. Apenas reproduzo o que o Criador do Universo disse: “Jesus, porém, lhes respondeu:  Nem todos são aptos para receber este conceito, mas apenas aqueles a quem é dado”. Mateus 19:11
Oro a Deus por cada irmão e irmã que vive um casamento infeliz. Oro com toda a minha alma, com dor no coração e cheia de solidariedade e carinho. E peço para esses um milagre. Peço consolo. Peço restauração e uma vida de abundância em Cristo. Peço graça. Que suas famílias sejam abençoadas. Também deixo um alerta aos solteiros: NÃO SE CASEM SEM AMOR. Não se casem sem o amor sacrificial de João 3.16. Para que não venham a sofrer no futuro. Aos que já sofrem, oro ao Deus do impossível que sare suas feridas. Que os faça felizes apesar dessa dificuldade. E que lhes traga a paz que excede todo o entendimento.

Portanto, queridos casais, se quiserem ser bênçãos nas mãos de Deus mantenham-se unidos, e Deus os cobrirá com suas mais escolhidas e doces bênçãos! Assim como o casal Priscila e Áquila.

Há muitos e muitos cristãos infelizes no casamento. Cerca de 1/4 dos casais cristãos acaba se divorciando e, pelo que mostra a enquete, isso ocorre porque se casaram por qualquer outra razão que não o amor, que é a motivação bíblica. Está você solteiro? Não tenha pressa. Não ceda a pressões. Não use cônjuges para realizar sonhos. Respeite aquele com quem você vai se casar. E, biblicamente, esse respeito se traduz em chegar até ele e dizer-lhe na cara, sem um pingo de dor na consciência pelo que está dizendo:
“Meu amor, estou me casando com você porque te amo tanto que daria minha vida por você, como Cristo amou a Igreja””. Essa é a afirmação bíblica. Qualquer outra razão que tornasse essa frase uma mentira é puro mundanismo travestido de Cristianismo.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,